
Ciúmes: quando ele vira uma doença...
Marido apaixonado desconfia que a mulher linda, o trai com um amigo. A mulher é honesta, o amigo é sincero, mas o marido só enxerga à sua volta indícios da traição inexistente. Por fim, transtornado, mata a mulher e se mata. A tragédia, no seu cruel desenrolar é velha como o mundo. Assim foi descrita magistralmente por William Shakespeare, no século XVII, no texto em que Otelo, o general mouro, mata a doce Desdêmona. Antes dele e depois, homens e mulheres mataram (e matam) pelo mesmo motivo: ciúmes, um sentimento doentio, paranóico, incontrolável e perigoso para quem é alvo dele. E é por essa peça que a literatura médica descreve o ciúme doentio, como a “Síndrome de Otelo”.
Segundo alguns casais, o ciúme ajuda a apimentar a relação, o que muitos especialistas discordam, onde afirmam que o melhor tempero para o amor é o zelo, que segundo o psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos: ciúme é tudo, menos “prova de amor”.
Números: segundo o sexólogo Amaury Mendes Júnior, a proporção é de três homens ciumentos para cada mulher enciumada.
Durante muito tempo o ciúme era um sentimento eminentemente masculino: o homem sempre tentou controlar a sexualidade da mulher para ela não gerar filhos com outros parceiros. O ciúme por parte da mulher era por receio de que o homem volúvel a privasse de sua proteção.
Os homens são mais sensíveis àquilo que diz respeito à posse física do corpo de sua parceira. As mulheres tendem a ser mais sensíveis à intimidade psicológica do envolvimento emocional.
O ciúme é considerado normal quando surge em resposta a um estímulo externo que tem raízes na realidade. O ciúme é considerado patológico quando é levado ao extremo, quando passa a fazer mal a relação, onde o parceiro se afasta para poder respirar, onde a ânsia de não perder a pessoa amada tolhe a liberdade e começa a ferir o parceiro com suspeitas e acusações infundadas, onde passa a ter atos infantis e irracionais.
A síndrome do “agarramento” acontece no primeiro ano de vida, quando a criança começa a explorar o mundo e tem necessidade de agarrar-se a mãe, como a maioria dos homens fazem com seus parceiros agarrando-se a eles, como agarravam as pernas da mãe, com medo antigo de perde-la. Outra situação de ciúme doentio provém do complexo de Édipo (Freud) mal resolvido: entre quatro e seis anos, a criança identifica-se com o pai e tem ciúmes dele pela atração que ele exerce sobre a mãe. Na idade adulta, essas frustrações podem reaparecer sob a forma de possessividade em relação ao parceiro, raiva ou mesmo paranóia. Ainda estudando o ciúme, Freud classificou em três tipos: o ciúme competitivo ou normal (há medo de perder o objeto amado, mais o sujeito não perde o pleno juízo da realidade, estando ligado às fantasias inconscientes da vida infantil e da relação entre irmãos), projetado (tem-se fantasias de infidelidade do próprio sujeito que seriam projetadas na parceira, como modo de aliviar a culpa) e delirante (além de se ter as fantasias de infidelidade existem em potencial agressivo, e o objeto sobre o qual se projeta a agressão representa o próprio sujeito ou até do mesmo sexo, implicando o delírio numa defesa contra impulsos homossexuais reprimidos advindos do narcisismo patológico).
Para ser mais clara nos diversos tipos de ciúmes, ele também podem ser classificados em cinco tipos: enciumado – tem medo de perder o amado mais consegue se controlar, paranóico – cria caso por qualquer coisa e na dúvida chega até a vigiar e dar palpites na vida particular do parceiro, escandaloso – demonstra ciúmes até de suas ex-namoradas fazendo escândalos, deprimido – se faz de coitado para a parceira e quando sente algum problema físico culpa a parceira, fóbico – vasculha bolsa, carteira, celular, patológico – desconfia permanentemente, tem certeza de traição e chega até mesmo agredir e até mesmo de cometer suicídio ou assassinato.
O ciúme patológico apresenta sintomas físicos comuns como: insônia, boca seca ou excesso de salivação, taquicardia, aumento ou perda de apetite, dores nos músculos e articulações, depressão (por causa da baixa auto-estima), sensação de aperto no peito.
O ciúme como se diz no começo do texto, pode ser considerado até como um tempero, e há pessoas ainda que se irritam se o parceiro não o sentir. A pessoa que sente esse ciúme patológico sente que é tão insuportável quanto para quem é o alvo, a pessoa não consegue se controlar e acaba por ferir as pessoas a sua volta. Existem vários centros de ajuda e especialistas na área que podem ajudar, só é necessário que a pessoa assuma que tem a doença e que queira se tratar.
Segundo alguns casais, o ciúme ajuda a apimentar a relação, o que muitos especialistas discordam, onde afirmam que o melhor tempero para o amor é o zelo, que segundo o psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos: ciúme é tudo, menos “prova de amor”.
Números: segundo o sexólogo Amaury Mendes Júnior, a proporção é de três homens ciumentos para cada mulher enciumada.
Durante muito tempo o ciúme era um sentimento eminentemente masculino: o homem sempre tentou controlar a sexualidade da mulher para ela não gerar filhos com outros parceiros. O ciúme por parte da mulher era por receio de que o homem volúvel a privasse de sua proteção.
Os homens são mais sensíveis àquilo que diz respeito à posse física do corpo de sua parceira. As mulheres tendem a ser mais sensíveis à intimidade psicológica do envolvimento emocional.
O ciúme é considerado normal quando surge em resposta a um estímulo externo que tem raízes na realidade. O ciúme é considerado patológico quando é levado ao extremo, quando passa a fazer mal a relação, onde o parceiro se afasta para poder respirar, onde a ânsia de não perder a pessoa amada tolhe a liberdade e começa a ferir o parceiro com suspeitas e acusações infundadas, onde passa a ter atos infantis e irracionais.
A síndrome do “agarramento” acontece no primeiro ano de vida, quando a criança começa a explorar o mundo e tem necessidade de agarrar-se a mãe, como a maioria dos homens fazem com seus parceiros agarrando-se a eles, como agarravam as pernas da mãe, com medo antigo de perde-la. Outra situação de ciúme doentio provém do complexo de Édipo (Freud) mal resolvido: entre quatro e seis anos, a criança identifica-se com o pai e tem ciúmes dele pela atração que ele exerce sobre a mãe. Na idade adulta, essas frustrações podem reaparecer sob a forma de possessividade em relação ao parceiro, raiva ou mesmo paranóia. Ainda estudando o ciúme, Freud classificou em três tipos: o ciúme competitivo ou normal (há medo de perder o objeto amado, mais o sujeito não perde o pleno juízo da realidade, estando ligado às fantasias inconscientes da vida infantil e da relação entre irmãos), projetado (tem-se fantasias de infidelidade do próprio sujeito que seriam projetadas na parceira, como modo de aliviar a culpa) e delirante (além de se ter as fantasias de infidelidade existem em potencial agressivo, e o objeto sobre o qual se projeta a agressão representa o próprio sujeito ou até do mesmo sexo, implicando o delírio numa defesa contra impulsos homossexuais reprimidos advindos do narcisismo patológico).
Para ser mais clara nos diversos tipos de ciúmes, ele também podem ser classificados em cinco tipos: enciumado – tem medo de perder o amado mais consegue se controlar, paranóico – cria caso por qualquer coisa e na dúvida chega até a vigiar e dar palpites na vida particular do parceiro, escandaloso – demonstra ciúmes até de suas ex-namoradas fazendo escândalos, deprimido – se faz de coitado para a parceira e quando sente algum problema físico culpa a parceira, fóbico – vasculha bolsa, carteira, celular, patológico – desconfia permanentemente, tem certeza de traição e chega até mesmo agredir e até mesmo de cometer suicídio ou assassinato.
O ciúme patológico apresenta sintomas físicos comuns como: insônia, boca seca ou excesso de salivação, taquicardia, aumento ou perda de apetite, dores nos músculos e articulações, depressão (por causa da baixa auto-estima), sensação de aperto no peito.
O ciúme como se diz no começo do texto, pode ser considerado até como um tempero, e há pessoas ainda que se irritam se o parceiro não o sentir. A pessoa que sente esse ciúme patológico sente que é tão insuportável quanto para quem é o alvo, a pessoa não consegue se controlar e acaba por ferir as pessoas a sua volta. Existem vários centros de ajuda e especialistas na área que podem ajudar, só é necessário que a pessoa assuma que tem a doença e que queira se tratar.
Maria Oliveira

2 comentários:
Muito interessante.
Havia lido a reportagem sobre o ciúmes que está na revista psique, (acho que vc dever ter lido também pois percebi pelo seu texto que trata-se uma "resenha").
Bem, penso que o ciúmes está intricecamente relacionado com a forma de amar de cada indivíduo e suas peculiaridades traumáticas bem como a dinâmica da realção entre os cônjuges.
Mais um "mistério" do ser humano abordado em seu blog, parabéns!
Foi mal se eu me confudi com relação a seu texto é que li a 1h da madrugada ai a cabeça já n assimila ou acomoda muito bem!
Mas percebi sim que teus textos do blg tem um caráter bem de pesquisa e são muito profundos e de argumentação bem fundada, PARABÉNS!
Da proxima vez n lerei seus textos pela madrugada ok?!
me perdoe mesmo.
É que gosto de prestigiar os trabalhos dos amigos. To sempre ligada no blog da Ana, no teu e de colegas.
Meu blog tem um caráter bem mais simples pois meu objetivo é apenas expressar minha experiência imediata,testemunhos, livros que gosto mas espero que ainda assim vc goste!
Boas férias um grande abraçoe Deus te abençoe!
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